sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Presidente da Fiemg fala sobre o balanço da economia em 2012 e perspectiva para 2013


“Desoneração da folha de pagamento e a redução das tarifas de energia deve gerar crescimento”, diz Pedro Lacerda

O estado de Minas Gerais fechou o ano de 2012 com resultados economicamente mais favoráveis em relação ao Brasil. Enquanto o PIB brasileiro ficou próximo de 1%, Minas apresentou crescimento de 2,6%, devido ao melhor desempenho da indústria e do setor de serviços. Para 2013, espera-se o equilíbrio no desempenho do PIB nacional e estadual, que deve crescer próximo de 3,3%. A balança comercial mineira fechou 2012 com um saldo comercial de cerca de 20,5 bilhões de dólares. Para 2013 a expectativa é de 18,5 bilhões.

Em 2012, vários países da América Latina (PIB) cresceram mais que o Brasil, mostrando que o país tem uma agenda interna para crescer mais. A inflação seguiu abaixo do teto da meta, isso permitiu a queda maior dos juros, que se espera ser mantida neste ano.

Segundo levantamento da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE, o Brasil teve a pior taxa de crescimento em 2012 dentre os países que compõem o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), embora todos tenham desacelerado o seu crescimento em relação a 2011.

De acordo com o presidente de Fiemg Regional Vale do Paranaíba, Pedro Lacerda, a expectativa em 2013 é que a economia tenha duas trajetórias. “No primeiro cenário, há uma expectativa de implementação nas medidas de avanço na competitividade, como desoneração da folha e a redução das tarifas de energia, prevista para esse início de ano,o que deve gerar um crescimento. Por outro lado, se tivermos avanços menores na competitividade, o crescimento será mais limitado”, diz.

Os dados do Caged apontam que o Brasil registrou um saldo positivo de 1,32 milhões de empregos de janeiro a outubro de 2012, mostrando um ritmo menos acelerado que nos anos anteriores, como previsto no Balanço Anual de 2011. Em termos percentuais, o saldo de 2012 foi 31,7% menor que no mesmo período de 2011. Comportamento semelhante foi observado no saldo de empregos na indústria, 29% inferior ao de 2011. Nos dez meses de 2012, a indústria gerou um saldo de quase 467 mil empregos, o que representou 35,4% do total.

Para Pedro Lacerda, se essas melhorias forem efetivadas, a probabilidade é que aumente a confiança do empresário. “Havendo o uso da sua capacidade, ele vai terminar investindo mais. Isso acontecendo, teremos um crescimento mais forte. Mas os efeitos podem ser parciais, caso as medidas prometidas pelo governo sejam implementadas de maneira lenta”, concluiu o presidente da Fiemg Regional.


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