“Desoneração da
folha de pagamento e a redução das tarifas de energia deve gerar crescimento”,
diz Pedro Lacerda
O
estado de Minas Gerais fechou o ano de 2012 com resultados economicamente mais
favoráveis em relação ao Brasil. Enquanto o PIB brasileiro ficou próximo de 1%,
Minas apresentou crescimento de 2,6%, devido ao melhor desempenho da
indústria e do setor de serviços. Para 2013, espera-se o equilíbrio no desempenho
do PIB nacional e estadual, que deve crescer próximo de 3,3%. A balança
comercial mineira fechou 2012 com um saldo comercial de cerca de 20,5 bilhões
de dólares. Para 2013 a expectativa é de 18,5 bilhões.
Em
2012, vários países da América Latina (PIB) cresceram mais que o Brasil,
mostrando que o país tem uma agenda interna para crescer mais. A inflação
seguiu abaixo do teto da meta, isso permitiu a queda maior dos juros, que se
espera ser mantida neste ano.
Segundo
levantamento da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE,
o Brasil teve a pior taxa de crescimento em 2012 dentre os países que compõem o
Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), embora todos tenham
desacelerado o seu crescimento em relação a 2011.
De
acordo com o presidente de Fiemg Regional Vale do Paranaíba, Pedro Lacerda, a
expectativa em 2013 é que a economia tenha duas trajetórias. “No primeiro
cenário, há uma expectativa de implementação nas medidas de avanço na
competitividade, como desoneração da folha e a redução das tarifas de energia,
prevista para esse início de ano,o que deve gerar um crescimento. Por outro
lado, se tivermos avanços menores na competitividade, o crescimento será mais
limitado”, diz.
Os
dados do Caged apontam que o Brasil registrou um saldo positivo de 1,32 milhões
de empregos de janeiro a outubro de 2012, mostrando um ritmo menos acelerado
que nos anos anteriores, como previsto no Balanço Anual de 2011. Em termos
percentuais, o saldo de 2012 foi 31,7% menor que no mesmo período de 2011.
Comportamento semelhante foi observado no saldo de empregos na indústria, 29%
inferior ao de 2011. Nos dez meses de 2012, a indústria gerou um saldo de quase
467 mil empregos, o que representou 35,4% do total.
Para
Pedro Lacerda, se essas melhorias forem efetivadas, a probabilidade é que
aumente a confiança do empresário. “Havendo o uso da sua capacidade, ele vai
terminar investindo mais. Isso acontecendo, teremos um crescimento mais forte.
Mas os efeitos podem ser parciais, caso as medidas prometidas pelo governo
sejam implementadas de maneira lenta”, concluiu o presidente da Fiemg Regional.
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