Com dificuldades em 2011, setor prevê melhorias após segundo semestre.
Presidente da Fiemg Regional VP analisa perspectivas para 2012
O ano de 2011 chega ao fim. E foi apenas no último mês de
2011 que o Índice de Confiança na Indústria (ICI) conseguiu alta, subiu 1,1%,
em relação a novembro, de acordo com pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio
Vargas (FGV). Esta foi a única elevação do indicador em 2011. Na comparação com
dezembro de 2010, o ICI tem queda acumulada de 10,8%. O ICI não mostrava
resultados positivos desdedezembro do ano passado, quando teve alta de 1,6%, o
que conforta um pouco o setor industrial. Mas, apesar da variação positiva no
mês, o índice ficou em 101,8 pontos, um resultado ainda inferior à média
histórica desde 2003, de 103,9 pontos.
De forma geral, os principais indicadores da indústria mostram que
este foi um ano difícil para o setor. Em Minas Gerais, a situação não foi
diferente. A indústria mineira perdeu sete posições no ranking de crescimento
da produção física industrial brasileira e despencou de segundo lugar, em 2010,
para a nona posição em 2011. É o que apresentou o estudo realizado pela
Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg). Para a entidade, a estimativa
é que a produção física de Minas termine o ano com acréscimo de apenas 0,1%, já
a projeção para 2012 aponta avanço de 1%. “Não foi um ano fácil para a maioria
das empresas, poucos setores foram bem, na realidade somente a cadeia produtiva
da construção civil lucrou este ano. Os demais setores tiveram diversas
dificuldades, como falta de mão de obra qualificada, juros exorbitantes, carga
tributária crescente e legislação mais onerosa”, avalia Pedro Lacerda,
presidente da Fiemg Regional Vale do Paranaíba. Ainda de acordo com Lacerda,
tanto o setor quanto o país podem sofrer aindamais, caso algumas medidas não
sejam tomadas. “O Brasil pode perder obonde da história se as reformas
estruturantes não forem votadas no Congresso. Falta de cobrança aos três
poderes não é, pois já estamos roucos de tanto falar”, afirma.
Nem tudo são pedras
Para o presidente Lacerda, o ano de 2012 começa frio
economicamente devido à crise na Europa. Porém, por ser ano de eleições pode
esquentar a economia a partir do segundo trimestre (abril em diante). “A partir
daí teremos algo positivo na média anual. O reajuste do salário mínimo vai
injetar R$ 47 bilhões na economia brasileira e isso pode manter o nível atual
do PIB, que esperamos que feche 2012 em torno de 3,5%”, prevê.
Triângulo aquecido
Os mineiros do Triângulo “mexem os pauzinhos” para impulsionar o
mercado regional. Recentemente foi inaugurada uma unidade da montadora chinesa
JAC Motors, a primeira concessionária da região, em Uberaba. E para
potencializar ainda mais o pólo logístico de Uberlândia, duas montadoras
estudam novas unidades na cidade, a Volkswagen e a norte-americana Chrysler, mas
somente a Volks já está em entendimento com o governo de Minas.
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