Governador Antônio Anastasia participa do projeto Rotas para o Futuro,
da Fiemg, e anuncia investimentos
Logística e
infraestrutura foram os temas destacados durante a participação do governador
de Minas Gerais, Antônio Anastasia, no projeto Rotas para o Futuro, realizado
pela Fiemg. Junto de empresários e representantes políticos locais, ele esteve
em Uberlândia, nesta sexta-feira, 19 de julho, para debater os rumos da
economia da região. Recebido pelos presidentes da Federação, Olavo Machado Jr e
da Regional da entidade no Vale do Paranaíba, Pedro Lacerda, o líder do
executivo mineiro anunciou investimentos de R$ 114 milhões para pavimentação de
72 de quilômetros de rodovias e construção de pontes.
Os investimentos
anunciados pelo governador durante o evento da Fiemg serão para a conclusão do
Contorno Sul de Uberlândia (ligação entre BR-050 e as BRs 497 e 365, com
interseção com a MGC-455), onde 19 quilômetros de estrada ganharão
pavimentação. O custo será de R$ 38,4 mi. A segunda obra é o asfaltamento de 53
quilômetros de trecho da rodovia MGC-455, que liga Uberlândia a Campo Florido.
Nela, o total investido será de R$ 71,7 mi.
Logística e
infraestrutura estão na pauta dos empresários da indústria de todo o Triângulo Mineiro.
Para o presidente da Fiemg, Olavo Machado Jr., a região é um dos mais
importantes polos de distribuição de produtos do Brasil. “Precisamos
transportar e escoar o que fabricamos aqui. Hoje, vemos circular muitos
produtos de outros estados que poderiam ser da nossa indústria, com agregação
de valor e geração de riquezas para os mineiros”, pontuou.
O presidente da
Regional Vale do Paranaíba, Pedro Lacerda, afirmou que é preciso ainda mais
investimentos em logística e infraestrutura. “Uberlândia recebe o título de
capital da logística por sua posição estratégica, mas pouco faz para
aproveitá-lo”, comenta. Ele cita a necessidade de transformar o Entreposto da
Zona de Franca de Manaus instalado no município em um fator gerador de negócios
para a indústria mineira. “Entregamos proposta para o Governo de Minas para que
os nossos produtos sejam levados para o Amazonas com diferimento de impostos.
Assim como fazemos com os de lá que armazenamos aqui e escoamos para todo o
país”, explica.
Gasoduto e planta de amônia
da Petrobras
A construção de
um gasoduto do interior de São Paulo ao Triângulo Mineiro foi debatida no
evento do projeto Rotas para o Futuro. Infraestrutura necessária para a
implantação da planta de produção de amônia – utilizada como fertilizante – da
Petrobras em Uberaba, ele não sai do papel por causa de um imbróglio
burocrático.
Cemig, Gasmig,
Petrobras e Governo de Minas entendem que deve ser construído um gasoduto de
distribuição, e já contam com capital de mais de R$ 500 mi garantidos para a
obra. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no
entanto emitiu um parecer dizendo que é obrigatório a construção de um duto de
transporte. O impasse, que precisa ser resolvido pela Advocacia Geral da União
(AGU) impede a concretização do investimento, que viabilizará a instalação da
fábrica de amônia. “Não importa ser de transporte ou de distribuição. Importa
que ele exista”, desabafou Lacerda.
Anastasia
afirmou que recebeu, em maio, informação da presidenta da República, Dilma
Rousseff, de que um parecer da AGU sobre o caso estava dependendo de pequenas
definições para ser emitido.
Entenda mais sobre o caso: http://www5.fiemg.com.br/Default.aspx?tabid=13356&mid=30568&ctl=Ver&id=1981.
Panorama da economia mineira
Em sua palestra
ao empresariado do Vale do Paranaíba e do Triângulo Mineiro, Anastasia
apresentou um panorama da economia mineira. Ele mostrou dados sobre o
desempenho do estado a partir do equilíbrio fiscal atingindo em 2004, ainda na
gestão do ex-governador Aécio Neves. O quadro otimista exposto foi pintado com
dados sobre PIB, finanças públicas, trabalho e emprego, educação,
infraestrutura, comércio exterior, segurança e redução de desigualdades
regionais e sociais.
Para Anastasia,
o “déficit zero” abriu espaço para mais investimentos em áreas que considera
prioritárias – saúde (294% de aumento de 2002 a 2012), educação (186%) e
segurança (259%). “Eles saltaram de R$ 775 milhões para R$ 3,2 bilhões”,
contou.
Os dados da
indústria apresentados mostram o desempenho do estado, superior à média
nacional. De 2002 a 2010, a participação do setor no valor adicionado à
economia mineira cresceu cinco pontos percentuais (p.p.), saltando de 28,6%
para 33,6%. No Brasil houve queda de oito p.p.
Rotas para o Futuro
O projeto Rotas
para o Futuro percorre as regionais da Fiemg. Por meio de simpósios e
seminários, são colocados em pauta temas relevantes e sintonizados com
empresários e autoridades locais, visando à elaboração e implantação de ações
essenciais para a região.
Este é o
terceiro ano de realização do projeto. O Rotas para o Futuro aconteceu pela
primeira vez em 2011, com o objetivo de verificar e estudar de forma mais
profunda os gargalos para o crescimento de cada região de Minas Gerais.
A iniciativa é
uma parceria entre a Fiemg, Fundação João Pinheiro, Sebrae-MG e VB Comunicação.
Além de lideranças empresariais e políticas locais, o evento reúne ainda
dirigentes sindicais e formadores de opinião.
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