Uberlândia foi representada pelo presidente da Fiemg Regional Vale do Paranaíba, Pedro Lacerda, e presidentes de sindicatos patronais da cidade
A palavra planejamento marcou os discursos do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado Junior, e do governador mineiro, Antonio Augusto Anastasia. Na noite desta quinta-feira, 25 de agosto, durante a abertura do Projeto Dirigente 2011, que reuniu empresários e líderes de sindicatos patronais filiados à Fiemg, eles falaram sobre o futuro que pode ser projetado para a economia do estado. O evento aconteceu no Hotel Ourominas, em Belo Horizonte.
Machado Junior convocou os empresários e dirigentes sindicais a pensarem na indústria que projetam para Minas nas próximas décadas. “Teremos um momento de planejamento e queremos entregar ao governador uma visão do setor sobre o futuro que enxergamos para a iniciativa privada no estado”, contou. Para o presidente, é fundamental que a instituição participe da construção de um planejamento conjunto para a economia mineira.
Anastasia mostrou aos empresários como o planejamento foi inserido na administração do Estado. “O ato de planejar ficou esquecido por décadas no Brasil. Em 2003, o então governador Aécio Neves trouxe de volta para Minas essa forma de trabalhar”, contextualizou. Para ele, a estabilidade econômica vivida pelo país a partir da implantação do Plano Real permite traçar metas, profissionalizar a gestão e os servidores públicos.
Com planejamento, Anastasia pretende firmar em Minas Gerais empregos de qualidade e diversificar as cadeias produtivas industriais. “É objetivo do Estado agregar valor aos produtos fabricados aqui. Sabemos e louvamos o valor das commodities que produzimos, mas precisamos diminuir a dependência que existe delas”, avalia.
O governador se comprometeu a trabalhar com todas as possibilidades que estão ao seu alcance para promover a diversificação e a atração de novos investimentos que gerem empregos de qualidade. Ele queixou-se, no entanto, do pequeno espaço de manobra que possui para oferecer aos empresários melhores condições para investir. Para Anastasia, a maior parte dos instrumentos econômicos para isso está nas mãos da União. “O Governo Federal detém a grande fatia dos tributos. A centralização do poder é enorme”, lamentou.
Na avaliação de Anastasia, os anos de governo Aécio foram de investimentos em infraestrutura física e social e de organização da máquina pública. Para ele, isso deu condições para que novos investimentos privados sejam feitos no estado. No entanto, voltou a reclamar da ausência de recursos federais em itens que considera fundamentais para o desenvolvimento, como nas obras de melhoria da rodovia BR-381 e no metrô de Belo Horizonte.
Ao finalizar seu discurso, Anastasia pediu o envolvimento do empresariado no planejamento e nas ações para o crescimento sustentável do estado. “O Governo, sozinho, não consegue nada. É preciso a participação da sociedade civil e do mercado para criar empregos, renda e desenvolvimento. O poder público não gera riqueza, somente oferece as condições para que isso ocorra”, concluiu.
Fonte: site do Sistema Fiemg
Confira as fotos no picasa da Fiemg Regional Vale do Paranaíba - http://bit.ly/oskVDa
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