sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Senai dá dicas para compra de pescados em período de calor intenso

O consumo de peixes e frutos do mar aumenta na Semana Santa, época em que principalmente os cristãos evitam consumir carne vermelha.
Segundo o instrutor de formação profissional do Centro Tecnológico de Alimentos do Senai, ligado à Fiemg Regional Vale do Paranaíba, Rodrigo Alves de Mello, os peixes têm, mesmo em vida, um grande número de bactérias sob sua pele, em suas guelras e em seu intestino. “Após a pesca e consequente morte do peixe, essas barreiras deixam de existir e propiciam a contaminação da carne pelas bactérias presentes. Por essas razões, independente de crenças e religiões, antes de comprar, o consumidor deve tomar algumas precauções”, afirma Rodrigo.
O Senai, ligado à Fiemg Regional Vale do Paranaíba, dá algumas dicas com relação ao estado de conservação dos pescados e frutos do mar, principalmente, em períodos de calor intenso. “O pescado fresco, por exemplo, deve ser úmido, firme e sem manchas estranhas na pele - isso no caso dos peixes e moluscos; e na carapaça, no caso dos crustáceos. Os olhos devem estar brilhantes e salientes. As brânquias devem estar úmidas, brilhantes e com cor entre o rosa e o vermelho intenso. Os crustáceos devem ter a cor própria da espécie e não apresentar cor alaranjada ou negra na carapaça. Os mariscos só podem ser vendidos vivos e os polvos e lulas devem estar com a carne consistente e elástica. Além disso, o odor deve ser suave ou ausente”, explica o instrutor de formação profissional do Centro Tecnológico de Alimentos do Senai, Rodrigo Alves de Mello.
Os peixes são alimentos perecíveis que precisam de cuidado no manuseio e na forma de conservação. Após comprar o produto, o instrutor orienta que a durabilidade do peixe pode variar conforme a espécie, sendo que o tempo de conservação está entre dois dias a uma semana se mantido a 0º C. “O mais indicado é conservar o peixe no congelador ou freezer a -15º C. Não é indicado que o peixe fique na geladeira, sob refrigeração, por um tempo superior a 24 horas. O descongelamento do peixe deve ser feito dentro da geladeira, sob refrigeração”, disse.

Vantagens de ingestão
Peixes e frutos do mar têm menor teor de gordura saturada, também são ricos em ácido graxo ômega 3, em proteínas (possuem todos os aminoácidos essenciais), vitaminas e minerais, tais como vitamina A, E, do complexo B e principalmente D, que possui importante atuação na calcificação óssea, prevenindo contra osteoporose. Quanto aos minerais, verifica-se grande quantidade de sódio, ferro, potássio, magnésio, cobre, enxofre, fósforo, iodo, cálcio, flúor, selênio, manganês, cobalto e zinco.
Quanto aos frutos do mar e peixes, em especial os de águas frias (sardinha, salmão, atum, anchova, carpa e arenque), as principais vantagens nutricionais na ingestão são o alto teor de ácidos graxos poliinsaturados, como o ômega 3. O consumo deste ácido graxo específico está intimamente ligado à prevenção de doenças cardiovasculares, ação anti-flamatória, regeneração de neurônios e no desenvolvimento cerebral, tornando-se assim também importante no período da gestação, infância e terceira idade.
O ômega 3 ainda pode reduzir o risco de Alzheimer, demência e cansaço mental; contribuir no tratamento da depressão, ansiedade e alterações do sono; alívio nas dores da artrite reumatóide; diminui agregação plaquetária (acúmulo de gordura na artéria); bem como reduzir os níveis sanguíneos de colesterol total, LDL (colesterol ruim) e, pode ainda, aumentar a produção de HDL (colesterol bom).
Além disso, possuem alto teor de zinco e selênio. O zinco ajuda no crescimento e desenvolvimento sexual, formação óssea, cicatrização, atividade neuronal, memória e na manutenção de olfato e paladar. Já o selênio protege contra doenças cardiovasculares, cânceres, artrites, cirrose e enfisema.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o consumo de 12 Kg/ano de pescado para cada pessoa. No Brasil, no entanto, essa medida está por volta de 7 Kg/ano. A meta do Ministério da Pesca e Aquicultura é chegar a 2011 com um consumo médio de 9 Kg/ano por habitante.

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