terça-feira, 5 de outubro de 2010

CNI e Sebrae aplicam R$ 48,7 milhões em inovação na pequena empresa

As micro e pequenas indústrias terão R$ 48,7 milhões em recursos, nos próximos três anos, para promover a inovação. As dotações serão desembolsadas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que assinaram convênio com este objetivo nesta sexta-feira, 1º de outubro, no escritório da CNI em São Paulo.

“Os recursos da CNI e do Sebrae vão servir para formar indutores e promotores de projetos de inovação tecnológica, mas também para formar 18 mil empresas, capacitar nove mil empresários e, no mínimo, executar três mil projetos de inovação tecnológica”, informou o presidente em exercício da CNI, Robson Braga de Andrade. Ele assinou o convênio com o diretor-presidente do Sebrae nacional, Paulo Okamotto.

De acordo com Andrade, a apresentação de projetos e a disponibilidade dos recursos já são um avanço muito grande, “considerando principalmente que as micro e pequenas empresas têm muitas dificuldades de investir em inovação, porque estão muito voltadas para o seu dia-a-dia, para o seu mercado”. Segundo o presidente em exercício da CNI, “ esse é exatamente o nicho de empresas em que precisamos atuar, para fazer com que dêem um salto de qualidade, de desenvolvimento de produtos para atingir um mercado maior”.

O orçamento do convênio será executado a partir da análise de planos de trabalho elaborados pelos núcleos de inovação em 24 federações de indústrias dos estados. Com os recursos aprovados pelas Gerências de Políticas Industriais da CNI e do Sebrae, os núcleos criarão um portfólio de produtos que estará disponível para as empresas nesta primeira fase do programa.

O acordo entre CNI e Sebrae contempla seis eixos: eventos de sensibilização e motivação; cursos de capacitação em gestão; planos de inovação; suporte à adoção da estratégia; consultorias para elaboração de projetos à análise de órgãos de fomento, e avaliação e monitoramento de resultados. “Este último consolida o ciclo e permite observar se os objetivos foram alcançados. E até ai inovamos, porque teremos condição de medir o impacto de uma ação deste porte”, explicou o gerente de Estudos e Políticas Industriais da CNI, Paulo Mol.

O diretor-presidente do Sebrae nacional destacou os benefícios do convênio. “O empresário terá acesso a recursos, a como fazer planos para inovar, terá mais informações sobre a necessidade de inovar em processos e produtos, para criar empresas fortes no mercado nacional e internacional”, assinalou Paulo Okamotto.

TEMA CENTRAL - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, que participou da reunião da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), durante a qual foi assinado o convênio, salientou a importância da inovação no crescimento econômico do país.
“Estamos refletindo a Política de Desenvolvimento Produtivo, o PDP 2, a nova etapa da política industrial. Neste momento, é fundamental essa contribuição do setor privado. Recebemos na reunião da MEI várias sugestões para apoio à pesquisa e desenvolvimento, a grandes projetos mobilizadores em áreas relevantes”, disse Coutinho.

Assinalou ser a inovação tema central no desenvolvimento da PDP 2. “Nenhuma economia moderna pode pensar em se desenvolver sustentavelmente sem inovação, inclusive com viés ambiental. É o grande caminho para ganhar mercados, para criar empregos de qualidade”, concluiu o presidente do BNDES.

A próxima reunião da MEI ocorrerá em 5 de novembro próximo, quando serão consolidadas as propostas de fomento à inovação a serem encaminhadas ao presidente da República eleito.

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