segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Demanda por serviço no setor da construção civil é alta para pouca mão-de-obra

Os investimentos no segmento da construção civil têm crescido nos últimos anos em todo o país. Falar de desemprego nesta área seria contraditório numa cidade onde muitos empreendimentos estão sendo executados. “O grande gargalo é a falta de mão-de-obra qualificada que atenda as necessidades das construtoras”, diz Wagner de Oliveira Júnior, vice-presidente do Sindicato da Construção Civil de Uberlândia (Sinduscon-TAP), ligado à Fiemg Regional Vale do Paranaíba.
De acordo com Wagner, para o ano que vem, o volume de empreendimentos deve crescer ainda mais. “Uberlândia receberá duas ou mais construtoras de nível nacional. Sem contar que as empresas locais também estão focadas no setor imobiliário. O resultado, sem dúvida, será um mercado mais competitivo e profissional”, ressalta.

2010: ano promissor

A previsão é que sejam construídas 4500 casas populares a mais que neste ano. “O próximo ano será muito melhor. Se não tiver profissionais das diversas áreas da construção civil, desde pedreiros à mão-de-obra especializada em Uberlândia, a saída das construtoras será buscar trabalhadores fora”, afirma Wagner.
A vendedora, Vanessa Vilarinho, que precisou de um pedreiro este ano para reformar sua casa, fala da dificuldade que teve para conseguir mão-de-obra qualificada. “Foi difícil achar um pedreiro que me atendesse. A maioria já está cheio de serviço”, desabafa.
Esse déficit de mercado tem feito com que o Sindicato das Indústrias da Construção Civil (Sinduscon), em parceria com o Senai, qualifique mais pessoas a cada ano.
O Senai já oferece cursos de aperfeiçoamento e capacitação profissional na área da construção civil. “Só este ano foram qualificados 191 pessoas em 10 cursos na área e outras 29 estão fazendo o curso técnico em edificação. A formação é que vai fazer o diferencial e interferir no processo de seleção nas empresas”, garante o gerente do Sesi e Senai, João Tomáz da Silva Júnior.

Pesquisa Manpower

Para os primeiros três meses do próximo ano, mais de 71 mil empresas de 35 países devem empregar. Só no Brasil, quase mil empregadores foram ouvidos. Além disso, a expectativa líquida de emprego melhorou desde o último trimestre em sete dos oito setores analisados. As informações são da Pesquisa de Expectativa de Emprego (Manpower Employment Outlook Survey), realizada pela Manpower, empresa de recursos humanos que oferece serviços para todo o ciclo de negócios e emprego das companhias.
Como dito, a expectativa líquida de emprego melhorou desde o último trimestre em sete dos oito setores analisados na pesquisa. Na Construção Civil, pulou de 7% no último trimestre de 2009 para 46% no primeiro de 2010. O setor de Finanças foi de 31% para 43%. Os empregadores da área de Serviços apontaram um otimismo de 40% contra 33% da última pesquisa. Atrás vêm os Transportes e o Comércio, com percentuais de 31% de expectativa. Entre os estados pesquisados (Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Paraná), o Rio é o mais otimista, com 38%, seguido pelo Paraná, com 36%. A cidade de São Paulo tem 30% de expectativa, Minas tem 29% e o estado de São Paulo 25%.
A Manpower Employment Outlook Survey é realizada a cada três meses para medir a intenção das empresas de aumentar ou diminuir o número de trabalhadores no trimestre seguinte. O levantamento é um dos mais abrangentes da categoria, tanto pelo número de entrevistados quanto pela amostragem e a longevidade. Considerada um importante indicador econômico e uma das pesquisas mais confiáveis sobre empregabilidade do mundo, é realizada há mais de 45 anos. Este trimestre, contou com entrevistas de quase 71 mil empregadores dos setores público e privado no mundo todo.
A pesquisa da Manpower abrange 35 países e territórios: África do Sul, Alemanha, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Brasil, Canadá, China, Cingapura, Colômbia, Costa Rica, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Guatemala, Holanda, Hong Kong, Hungria, Índia, Irlanda, Itália, Japão, México, Noruega, Nova Zelândia, Peru, Polônia, Reino Unido, República Tcheca, Romênia, Suécia, Suíça e Taiwan.

Fonte: dados pesquisa Manpower.

Siga a Fiemg Regional VP no Twitter: www.twitter.com/fiemgregionalvp

Nenhum comentário:

Postar um comentário